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É quase de olhos fechadosQue deixas os dias passar por tiComo cigarros que se acendemCom a ponta do anterior...
Primeiro é a velocidade,Depois a indiferença...Mais tarde o desejoDe que tudo termine...Ao mesmo tempoPerdes-te no álcoolPara que não recordesQuanto tempo passouE o que poderiasTer feito de diferente...Mesmo que não te percasUsa-lo para que a embriaguêsTe adormeçaE te precipite de forma indolorNo dia que se segue...
Há dias que vivesNo limite das forçasMas com a noçãoDe que te encontrasApenas a meio do caminho...
Em breves momentosFechas-te na tua conchaE aproveitas a fracção de um segundoPara respirar...O frio à tua volta é talQue a solidão não parece ter efeitoE o negro da noite é a luzQue te dá alento...Entretanto olhasO caminho percorrido com indiferençaE perguntas-te sobre momentosQue parecem ser históriasQue alguém te contouPerguntas, porque...Nada te parece nítido nem verdadeiroPorque sentes que te abraçasSem que na realidadeEstejas realmente contigo...