terça-feira, 4 de setembro de 2007

Não adianta dizer-te para onde vou
Porque é quase certo que não irei por aí...



















Largas-me a mão,

Deixas de acreditar
Que saiba o caminho
E é verdade: não sei...
Tudo o que tenho para oferecer

É a mudança...

Que vivo na ausencia de planos...
Ou talvez tenha alguns
Escritos em transitorios
Bilhetes de avião...
Mas esses são so reais
Quando se fecha a porta
E nada mais há a fazer...

Até que eventualmente
Chego a um destino
Que muda desde que o vi
Ou se não o vi,
Não é como o planeado...

E cada vez sinto
Mais neutro o sabor
Do cocktail
Doce e amargo
Das surpresas e desaires
Sem planos...

E cada vez menos ilusões...


3 comentários:

VCP disse...

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
(José Régio)


O caminho somos nós que o fazemos... sozinhos! Só assim podemos congratular ou lamentar as nossas escolhas.

Sandrinha disse...

Tu vai para onde te apetecer, rapaz!
E leva a mochila!

:o)

pajO disse...

Or... are we geting old...?
:)

"Se exorcitares os teus demónios... os teus anjos irão também." - Tom Waits

As tuas fotos são as vitórias dos teus conflitos. Parabéns!

CAminhos esteticamente interessantes, os que percorres e os que não queres percorrer todos os dias.