"... sou um téncico, mas um técnico só dentro da técnica, fora disso sou louco que tenho todo o direito de o ser... tenho todo o direito de o ser, ouviram???... " (Alvaro de campos)
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
Hoje dei comigo a pensar nas diferenças entre os sentimentos expressos num poema dos tempos de hoje e os antigos... A verdade é que com toda a tecnologia de que nos rodeamos não há nenhuma forma elegante para exprimir a influência dessa mesma tecnologia nos nossos sentimentos...
Na minha angústia poderei fumar figurativamente um cigarro, mas não cai bem escrever que vou para o ginásio na tentativa de que o cansaço me quebre a ligação com a realidade...
Posso chorar porque não encontro o amor, mas não calha bem dizer que nem todos os SMS's do mundo serviriam para contar a algumas pessoas o que nunca lhes disse... E pelo meio grito no vazio em buscas que não são claras, mas a forma como o consigo fazer sem abrir a boca e só usando o google também não me calha bem à escrita...
E agora vamos à forma como escrevo... Que já quase não sei escrever à mão...
terça-feira, 13 de fevereiro de 2007
Definitivamente não é aqui... Passou mais uma estação E quando olhas para fora Dizes-me que ainda não é este o teu destino...
Olho-te de longe Quase a esboçar um "tirem-me daqui"... Mas hoje é o teu dia de sentir E como tal apenas estou aqui contigo... Dou-te a mão e falo-te de como as coisas Serão eventualmente diferentes...
Despeço-me e vejo-te partir Com o que restou das minhas forças... Talvez pares amanhã outra vez... Talvez pare eu antes de ti...
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007
Cai a chuva perante o chamamento da noite... Convidam-me os astros a uma silenciosa troca de ideias Assaltam-me pensamentos Assusta-me a imensidão do caminho Mas já não as escolhas E muito menos a solidão...
Tomo mais um trago da bebida amarga que preparei Subo o volume da música Passo as mãos pela chama... Olho para longe Espero inspiração...
Conto as vezes Que a vontade de virar costas Me assalta a alma E continuo a contar... Que a raiva não me serena o espirito... Poderia partir Desenhar sonhos e contar histórias... Mas prende-me o doce fardo do luxo... O medo de reconhecer que terei por momentos desejado Colhido o prazer do desejo... Tocado ao de leve... Muito leve...