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Hoje dei comigo a pensar nas diferenças entre os sentimentos expressos num poema dos tempos de hoje e os antigos... A verdade é que com toda a tecnologia de que nos rodeamos não há nenhuma forma elegante para exprimir a influência dessa mesma tecnologia nos nossos sentimentos...
Na minha angústia poderei fumar figurativamente um cigarro, mas não cai bem escrever que vou para o ginásio na tentativa de que o cansaço me quebre a ligação com a realidade...Posso chorar porque não encontro o amor, mas não calha bem dizer que nem todos os SMS's do mundo serviriam para contar a algumas pessoas o que nunca lhes disse... E pelo meio grito no vazio em buscas que não são claras, mas a forma como o consigo fazer sem abrir a boca e só usando o google também não me calha bem à escrita...E agora vamos à forma como escrevo... Que já quase não sei escrever à mão...
Definitivamente não é aqui...
Passou mais uma estação
E quando olhas para fora
Dizes-me que ainda não é este o teu destino...

Olho-te de longe
Quase a esboçar um "tirem-me daqui"...
Mas hoje é o teu dia de sentir
E como tal apenas estou aqui contigo...
Dou-te a mão e falo-te de como as coisas
Serão eventualmente diferentes...
Despeço-me e vejo-te partir
Com o que restou das minhas forças...
Talvez pares amanhã outra vez...
Talvez pare eu antes de ti...
Cai a chuva perante o chamamento da noite...Convidam-me os astros a uma silenciosa troca de ideiasAssaltam-me pensamentosAssusta-me a imensidão do caminhoMas já não as escolhas
E muito menos a solidão... 
Tomo mais um trago da bebida amarga que prepareiSubo o volume da música
Passo as mãos pela chama...
Olho para longeEspero inspiração... Conto as vezes
Que a vontade de virar costasMe assalta a alma
E continuo a contar...
Que a raiva não me serena o espirito... Poderia partir
Desenhar sonhos e contar histórias...Mas prende-me o doce fardo do luxo...O medo de reconhecer que terei por momentos desejado
Colhido o prazer do desejo...Tocado ao de leve...Muito leve...