Assim como que meio mortos
A balancear... À espera que algo
Acabe com a nossa miséria
Empurrando-nos para um dos lados...

Não há luz nas manhãs
E nas noites
É com o tédio
Que nos abraçamos
Antes de adormecer...
Não abrimos a janela
Porque achamos saber
O que está do outro lado
Talvez porque queiramos
Negar novidades
Negar que o tempo passa
E que também passa por nós...
Tememos a morte
E como tal...
Não vivemos
Para que a vida
Não se gaste...