Há dias em que estamos assim...
Assim como que meio mortos
A balancear... À espera que algo
Acabe com a nossa miséria
Empurrando-nos para um dos lados...
Não há luz nas manhãs
E nas noites
É com o tédio
Que nos abraçamos
Antes de adormecer...
Não abrimos a janela
Porque achamos saber
O que está do outro lado
Talvez porque queiramos
Negar novidades
Negar que o tempo passa
E que também passa por nós...
Tememos a morte
E como tal...
Não vivemos
Para que a vida
Não se gaste...
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Deixa-me dizer-te que não chores
Para que não chore eu também...
Que ignores a tua dor
Enquanto calo a minha...
Que as nossas realidades
De tão semelhantes
Distinguem-se apenas
Nas perspectivas...
São os mesmos que nos magoam
Os mesmos ideais que nos derrubam
As mesmas barreiras
Que nos fazem levantar...
De resto tu és tu
E eu sou eu...
Mas apenas isso...
Falo-te de feridas que tive
E conto-te como as sarar
Sem que as tenha sarado já...
E tu, falas-me do que devo fazer
Que de tão fácil
Parece tornar imediata a felicidade
Mas sem que sejas feliz também...
Podia dizer-te
Mas dir-te-ei depois...
Que procuro agora
No ajudar a limpar
As tuas feridas
O esquecimento
Das minhas...
Para que não chore eu também...
Que ignores a tua dor
Enquanto calo a minha...
Que as nossas realidades
De tão semelhantes
Distinguem-se apenas
Nas perspectivas...
São os mesmos que nos magoam
Os mesmos ideais que nos derrubam
As mesmas barreiras
Que nos fazem levantar...
De resto tu és tu
E eu sou eu...
Mas apenas isso...
Falo-te de feridas que tive
E conto-te como as sarar
Sem que as tenha sarado já...
E tu, falas-me do que devo fazer
Que de tão fácil
Parece tornar imediata a felicidade
Mas sem que sejas feliz também...
Podia dizer-te
Mas dir-te-ei depois...
Que procuro agora
No ajudar a limpar
As tuas feridas
O esquecimento
Das minhas...
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Sinto-me errar sucessivamente
Como se não houvesse
Outra forma de ser...
Não é que não saiba...
Que não tente
Mas não há que mude
Que não me faça falhar...
Cair por terra
Para voltar a cair
Abrir uma ferida
Para mais tarde
A abrir outra vez...
Amedronta-me o tempo
Que me separa
Dos fins anunciados...
Da morte prematura
Do meu real destino...
Amedronta-me descobrir-me
No caos dos meus erros
Sentido que só
Para outros
Seriam erros relamente...
Como se não houvesse
Outra forma de ser...
Não é que não saiba...
Que não tente
Mas não há que mude
Que não me faça falhar...
Cair por terra
Para voltar a cair
Abrir uma ferida
Para mais tarde
A abrir outra vez...
Amedronta-me o tempo
Que me separa
Dos fins anunciados...
Da morte prematura
Do meu real destino...
Amedronta-me descobrir-me
No caos dos meus erros
Sentido que só
Para outros
Seriam erros relamente...
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Não adianta dizer-te para onde vou
Porque é quase certo que não irei por aí...
Largas-me a mão,
Deixas de acreditar
Que saiba o caminho
E é verdade: não sei...
Tudo o que tenho para oferecer
É a mudança...
Porque é quase certo que não irei por aí...
Largas-me a mão,
Deixas de acreditar
Que saiba o caminho
E é verdade: não sei...
Tudo o que tenho para oferecer
É a mudança...
Que vivo na ausencia de planos...
Ou talvez tenha alguns
Escritos em transitorios
Bilhetes de avião...
Quando se fecha a porta
E nada mais há a fazer...
Chego a um destino
Que muda desde que o vi
Ou se não o vi,
Não é como o planeado...
E cada vez sinto
Mais neutro o sabor
Do cocktail
Doce e amargo
Das surpresas e desaires
Sem planos...
E cada vez menos ilusões...
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Falamos de regressos e saudades
Como se as coisas só tivessem um sentido
Como se proibido fosse
Ter saudades de partir outra vez...
O mundo apresenta-se viciado em descrições
E relações de causa e efeito
Perguntamos porque parte se ama quem fica...
Qual o motivo da descoberta?
Quando supostamente já se encontrou
Tudo o que se possa desejar...
E partimos muitas vezes sentido
Que já não amamos...
Quando se nos fecham os olhos de cansaço
Ou nos embriagamos com o alcool
Dos novos lugares
Que procuramos novas paixões...
Mas tememos viver
Não vá isso ser pecado sem perdão...
Pintamos de traição a partida
Para que se seque a vontade
Enquanto esperamos que seja verdadeira
A falsa historia sobre o tempo
Que cura e faz esquecer
As feridas do passado...
Como se as coisas só tivessem um sentido
Como se proibido fosse
Ter saudades de partir outra vez...
O mundo apresenta-se viciado em descrições
E relações de causa e efeito
Perguntamos porque parte se ama quem fica...
Qual o motivo da descoberta?
Quando supostamente já se encontrou
Tudo o que se possa desejar...
E partimos muitas vezes sentido
Que já não amamos...
Quando se nos fecham os olhos de cansaço
Ou nos embriagamos com o alcool
Dos novos lugares
Que procuramos novas paixões...
Mas tememos viver
Não vá isso ser pecado sem perdão...
Pintamos de traição a partida
Para que se seque a vontade
Enquanto esperamos que seja verdadeira
A falsa historia sobre o tempo
Que cura e faz esquecer
As feridas do passado...
terça-feira, 31 de julho de 2007
Parto mais uma vez
Convencido de que não me motiva a batalha
Estarão provavelmente perto os louros
Ou o engano de que uma vitoria poderia ter sentido...
Mas a verdade é que nas aparencias
O que faz sentido
Não precisa de ser real...
Acho que a cada momento somos confrontados
Com a questão de que o destino que vivemos
Pode ser nosso ou apenas
Um escolhido ao acaso de entre outros...
Há um dia em que nos cansamos de não saber
O que incertamente nos será oferecido no proximo momento
E nos reduzimos a viver um destino conhecido...
Hoje parece-me que o preço dos sonhos é demasiado alto
E que na realidade as minhas lutas internas
Não são mais do que distracções de uma vulgaridade
Que não conseguimos esconder...
Ou isto, ou então vivemos iludidos
De que vivemos a nossa grande aventura
Independentemente do que seja...
Desafiamos os elementos
Buscamos no vazio o desconhecido
Quebramos barreiras fisicas...
Temos filhos...
Pintamos a casa mais uma vez
Buscamos imagens do fim do mundo...
Enfim, somos e fazemos em nome de uma paixão
Que chamo hoje apenas ... Vulgaridade...
Convencido de que não me motiva a batalha
Estarão provavelmente perto os louros
Ou o engano de que uma vitoria poderia ter sentido...
Mas a verdade é que nas aparencias
O que faz sentido
Não precisa de ser real...
Acho que a cada momento somos confrontados
Com a questão de que o destino que vivemos
Pode ser nosso ou apenas
Um escolhido ao acaso de entre outros...
Há um dia em que nos cansamos de não saber
O que incertamente nos será oferecido no proximo momento
E nos reduzimos a viver um destino conhecido...
Hoje parece-me que o preço dos sonhos é demasiado alto
E que na realidade as minhas lutas internas
Não são mais do que distracções de uma vulgaridade
Que não conseguimos esconder...
Ou isto, ou então vivemos iludidos
De que vivemos a nossa grande aventura
Independentemente do que seja...
Desafiamos os elementos
Buscamos no vazio o desconhecido
Quebramos barreiras fisicas...
Temos filhos...
Pintamos a casa mais uma vez
Buscamos imagens do fim do mundo...
Enfim, somos e fazemos em nome de uma paixão
Que chamo hoje apenas ... Vulgaridade...
terça-feira, 8 de maio de 2007
Hoje disse-te "bom dia" sem sorrir...
Estou cansado e como tal,
A unica coisa que te posso dar
É o meu lado sincero...
Já não somos crianças
E como tal não jogamos claro...
Usamos frases feitas
E termos como "frontalidade"
Para definir tomadas de posição
Que na realidade
Não conseguimos manter...
Nunca explicamos porquê
E mascaramos de nobres
Os instintos mais sordidos
Enquanto mentimos de tal forma
Que a realidade se desvanece
E já não percebemos onde está...
Mas a idade trava-nos os musculos
E o mundo avança mais rapidamente
Do que a nossa capacidade
De sermos hipócritas...
E mesmo assim, vamos contando
A nossa historia de herois
Sem que saibamos
Quem somos...
Estou cansado e como tal,
A unica coisa que te posso dar
É o meu lado sincero...
Já não somos crianças
E como tal não jogamos claro...
Usamos frases feitas
E termos como "frontalidade"
Para definir tomadas de posição
Que na realidade
Não conseguimos manter...
Nunca explicamos porquê
E mascaramos de nobres
Os instintos mais sordidos
Enquanto mentimos de tal forma
Que a realidade se desvanece
E já não percebemos onde está...
Mas a idade trava-nos os musculos
E o mundo avança mais rapidamente
Do que a nossa capacidade
De sermos hipócritas...
E mesmo assim, vamos contando
A nossa historia de herois
Sem que saibamos
Quem somos...
quarta-feira, 11 de abril de 2007
Estranhamente chega o dia em que concluís
Que a felicidade dos outros depende da tua mediocridade...
E que ao contrário dos sonhos
A realidade é dominada pela aritmética
Dos máximos denominadores comuns...
E inevitavelmente acabarás por cair na rotina
De quem deixou de lutar, opor e questionar
Para que possas responder vulgarmente
Que és feliz e tudo está bem...
E na espécie de ciclo a que chamas vida...
Contas o passar do tempo pelos cabelos brancos
E pelas coisas que deixaste de fazer
Mas já não sabes porquê...
Mas és feliz!!!...
Assim o dizes a quem te pergunta sem querer saber
E nada mais importa...
Olhas ao lado os poucos desgraçados
Abandonados na sociedade e a correr em solidão
Por todas as respostas que não deixaram de buscar
Com o mesmo destino que te espera
Mas achando que na historia
Haverá diferença no pó dos seus ossos largados nos ventos
De outro igual esquecimento...
Que a felicidade dos outros depende da tua mediocridade...
E que ao contrário dos sonhos
A realidade é dominada pela aritmética
Dos máximos denominadores comuns...
E inevitavelmente acabarás por cair na rotina
De quem deixou de lutar, opor e questionar
Para que possas responder vulgarmente
Que és feliz e tudo está bem...
E na espécie de ciclo a que chamas vida...
Contas o passar do tempo pelos cabelos brancos
E pelas coisas que deixaste de fazer
Mas já não sabes porquê...
Mas és feliz!!!...
Assim o dizes a quem te pergunta sem querer saber
E nada mais importa...
Olhas ao lado os poucos desgraçados
Abandonados na sociedade e a correr em solidão
Por todas as respostas que não deixaram de buscar
Com o mesmo destino que te espera
Mas achando que na historia
Haverá diferença no pó dos seus ossos largados nos ventos
De outro igual esquecimento...
quarta-feira, 14 de março de 2007
venha contigo o alcool...
para que possamos partir
e deixar para trás este momento...
estou longe
e a falta do teu cheiro
não me deixa deixar de sentir
os horrores da realidade...
não durmo
porque não tenho motivos para me deitar...
ficarei acordado
à espera que chegues...
determinado
para que nada mais
que a morte
me faça fechar os olhos...
mas com a espera
pergunto-me se existes...
se vale a pena,
se nesta realidade
eu ainda serei eu ...
para que possamos partir
e deixar para trás este momento...
estou longe
e a falta do teu cheiro
não me deixa deixar de sentir
os horrores da realidade...
não durmo
porque não tenho motivos para me deitar...
ficarei acordado
à espera que chegues...
determinado
para que nada mais
que a morte
me faça fechar os olhos...
mas com a espera
pergunto-me se existes...
se vale a pena,
se nesta realidade
eu ainda serei eu ...
segunda-feira, 5 de março de 2007
Revoltam-me as possibilidades
De tão facil que é seguir o caminho
Traçado por outros...
Lembra-me o tempo
E quase o peso da idade
Que no dia em que finalmente cair por terra
E na mediocridade
Matar todos os instintos
Que me projectam para procuras infundadas
Serei aplaudido
E aceite pela humanidade...
Sem pensar muito no que digo
Nesse dia darei respostas fáceis,
Dir-te-ei que está tubo bem e que sou feliz...
Terei morrido...
Mas provavelmente
Não darás conta...
De tão facil que é seguir o caminho
Traçado por outros...
Lembra-me o tempo
E quase o peso da idade
Que no dia em que finalmente cair por terra
E na mediocridade
Matar todos os instintos
Que me projectam para procuras infundadas
Serei aplaudido
E aceite pela humanidade...
Sem pensar muito no que digo
Nesse dia darei respostas fáceis,
Dir-te-ei que está tubo bem e que sou feliz...
Terei morrido...
Mas provavelmente
Não darás conta...
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
Hoje dei comigo a pensar nas diferenças entre os sentimentos expressos num poema dos tempos de hoje e os antigos... A verdade é que com toda a tecnologia de que nos rodeamos não há nenhuma forma elegante para exprimir a influência dessa mesma tecnologia nos nossos sentimentos...
Na minha angústia poderei fumar figurativamente um cigarro, mas não cai bem escrever que vou para o ginásio na tentativa de que o cansaço me quebre a ligação com a realidade...
Posso chorar porque não encontro o amor, mas não calha bem dizer que nem todos os SMS's do mundo serviriam para contar a algumas pessoas o que nunca lhes disse... E pelo meio grito no vazio em buscas que não são claras, mas a forma como o consigo fazer sem abrir a boca e só usando o google também não me calha bem à escrita...
E agora vamos à forma como escrevo... Que já quase não sei escrever à mão...
Na minha angústia poderei fumar figurativamente um cigarro, mas não cai bem escrever que vou para o ginásio na tentativa de que o cansaço me quebre a ligação com a realidade...
Posso chorar porque não encontro o amor, mas não calha bem dizer que nem todos os SMS's do mundo serviriam para contar a algumas pessoas o que nunca lhes disse... E pelo meio grito no vazio em buscas que não são claras, mas a forma como o consigo fazer sem abrir a boca e só usando o google também não me calha bem à escrita...
E agora vamos à forma como escrevo... Que já quase não sei escrever à mão...
terça-feira, 13 de fevereiro de 2007
Definitivamente não é aqui...
Passou mais uma estação
E quando olhas para fora
Dizes-me que ainda não é este o teu destino...
Olho-te de longe
Quase a esboçar um "tirem-me daqui"...
Mas hoje é o teu dia de sentir
E como tal apenas estou aqui contigo...
Dou-te a mão e falo-te de como as coisas
Serão eventualmente diferentes...
Despeço-me e vejo-te partir
Com o que restou das minhas forças...
Talvez pares amanhã outra vez...
Talvez pare eu antes de ti...
Passou mais uma estação
E quando olhas para fora
Dizes-me que ainda não é este o teu destino...
Olho-te de longe
Quase a esboçar um "tirem-me daqui"...
Mas hoje é o teu dia de sentir
E como tal apenas estou aqui contigo...
Dou-te a mão e falo-te de como as coisas
Serão eventualmente diferentes...
Despeço-me e vejo-te partir
Com o que restou das minhas forças...
Talvez pares amanhã outra vez...
Talvez pare eu antes de ti...
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007
Cai a chuva perante o chamamento da noite...
Convidam-me os astros a uma silenciosa troca de ideias
Assaltam-me pensamentos
Assusta-me a imensidão do caminho
Mas já não as escolhas
E muito menos a solidão...
Tomo mais um trago da bebida amarga que preparei
Subo o volume da música
Passo as mãos pela chama...
Olho para longe
Espero inspiração...
Conto as vezes
Que a vontade de virar costas
Me assalta a alma
E continuo a contar...
Que a raiva não me serena o espirito...
Poderia partir
Desenhar sonhos e contar histórias...
Mas prende-me o doce fardo do luxo...
O medo de reconhecer que terei por momentos desejado
Colhido o prazer do desejo...
Tocado ao de leve...
Muito leve...
Convidam-me os astros a uma silenciosa troca de ideias
Assaltam-me pensamentos
Assusta-me a imensidão do caminho
Mas já não as escolhas
E muito menos a solidão...
Tomo mais um trago da bebida amarga que preparei
Subo o volume da música
Passo as mãos pela chama...
Olho para longe
Espero inspiração...
Conto as vezes
Que a vontade de virar costas
Me assalta a alma
E continuo a contar...
Que a raiva não me serena o espirito...
Poderia partir
Desenhar sonhos e contar histórias...
Mas prende-me o doce fardo do luxo...
O medo de reconhecer que terei por momentos desejado
Colhido o prazer do desejo...
Tocado ao de leve...
Muito leve...
quarta-feira, 31 de janeiro de 2007
Silenciosamente,
Vês-me cambalear de cansaço
Como se no meu estado quase letárgico
Pudesse ser o destino
Tal como te contara o oráculo...
É temendo o perigo
De um toque que te olho vezes sem conta
Esperando que não leias de mim
O que provavelmente mais quero que saibas...
Ao invés trocamos banalidades
E revelamos a pouco e pouco
Quase como que para mudar de conversa
Um pouco de nossos corpos...
Trocamos as voltas ao mundo
Que a nudez não mais constrange
E vem sendo refúgio
Para que o desejo faça esquecer
Verdades não reveladas
Que de tão dissimuladas
Nos levam a procurar acasos
Que de tão obvios
Se recusam a jogar como nós...
Vês-me cambalear de cansaço
Como se no meu estado quase letárgico
Pudesse ser o destino
Tal como te contara o oráculo...
É temendo o perigo
De um toque que te olho vezes sem conta
Esperando que não leias de mim
O que provavelmente mais quero que saibas...
Ao invés trocamos banalidades
E revelamos a pouco e pouco
Quase como que para mudar de conversa
Um pouco de nossos corpos...
Trocamos as voltas ao mundo
Que a nudez não mais constrange
E vem sendo refúgio
Para que o desejo faça esquecer
Verdades não reveladas
Que de tão dissimuladas
Nos levam a procurar acasos
Que de tão obvios
Se recusam a jogar como nós...
sexta-feira, 19 de janeiro de 2007
O pai natal for provavelmente
A primeira mentira social que desvendaste
Estranhas que lhe chame assim
Com esta estranha e deslavada falta de respeito
Mas a verdeade é que por algum motivo
Há dias em que te assalta a revolta de descobrir
Que todos os teus santos têm pés de barro...
Contas nas lagrimas que te percorrem a face
As desilusões do que não tens
Perante evidencias de que à tua volta
Todos são felizes...
E tu pessoa abandonada pela sorte
Afastas-te e excluis-te porque não és digna
Intitulas-te uma criatura do submundo das trevas
Desvalorizas o teu sorrizo
E amaldiçoas pelo abandono
Os pequenos momentos de prazer
Que tiveste oportunidade de experimentar...
Enganam-te os livros que lês
Enganam-te os sentimentos
Que te levam a acreditar na plenitude
Que não existe...
Enganam-te os teus amigos felizes
Quando te mostram a superficialidade de uma historia
Tal como mais um livro que lês...
A primeira mentira social que desvendaste
Estranhas que lhe chame assim
Com esta estranha e deslavada falta de respeito
Mas a verdeade é que por algum motivo
Há dias em que te assalta a revolta de descobrir
Que todos os teus santos têm pés de barro...
Contas nas lagrimas que te percorrem a face
As desilusões do que não tens
Perante evidencias de que à tua volta
Todos são felizes...
E tu pessoa abandonada pela sorte
Afastas-te e excluis-te porque não és digna
Intitulas-te uma criatura do submundo das trevas
Desvalorizas o teu sorrizo
E amaldiçoas pelo abandono
Os pequenos momentos de prazer
Que tiveste oportunidade de experimentar...
Enganam-te os livros que lês
Enganam-te os sentimentos
Que te levam a acreditar na plenitude
Que não existe...
Enganam-te os teus amigos felizes
Quando te mostram a superficialidade de uma historia
Tal como mais um livro que lês...
terça-feira, 16 de janeiro de 2007
“Não interessa o meu nome…”
Disseste-me enquanto viraste suavemente o rosto
Deixando-me quase ver
A tua vontade de soltar uma lagrima de raiva
“Afasta-te... Deixa-me!!!...”
Negaste a minha ajuda quando me ajoelhei a teu lado
Ignoravamos a chuva que caia, o frio
O facto de sermos desconhecidos
As dores que nos faziam trocar insultos
Sem que fossemos culpados de coisa alguma...
“Não preciso!!!...”
Mas não importava
Tal como tu havia fugido e não queria
Voltar para trás...
Lembro-me da lama no teu cabelo
Da luz dos relapagos
O som dos trovoes
E ao longe a musica repetitiva em altos berros no radio do meu carro
“Porque é que paraste???... Vai-te embora!!!...”
Na realidade não sabia...
Tinha parado e fizera-me nada
Quando fechei a porta do carro
Como se tivesse fechado a porta para o resto da minha vida...
Não sabia quem eras, mas também já não me conhecia
Não te amava, mas isso também não tinha importancia
Nada existia atrás de mim para que me pudesse voltar...
“Porque choras homem!!!???....”
E que te interessava...
Chorava por ti e por mim,
Ou simplesmente porque estava triste
Podias ter fingido que eram gotas de chuva,
Mas não o fizeste talvez por inveja...
Ter-te-ia dado a mão para que chorasses comigo,
Mas não quiz que o contacto nos levasse
A imagens idiotas cheias de casais apaixonados
Não precisava disso nem da chuva que me gelava os ossos!!!...
“O que me fizeste???...”
Perguntaste-me no soluço que antecedeu a tua primeira lagrima...
Disseste-me enquanto viraste suavemente o rosto
Deixando-me quase ver
A tua vontade de soltar uma lagrima de raiva
“Afasta-te... Deixa-me!!!...”
Negaste a minha ajuda quando me ajoelhei a teu lado
Ignoravamos a chuva que caia, o frio
O facto de sermos desconhecidos
As dores que nos faziam trocar insultos
Sem que fossemos culpados de coisa alguma...
“Não preciso!!!...”
Mas não importava
Tal como tu havia fugido e não queria
Voltar para trás...
Lembro-me da lama no teu cabelo
Da luz dos relapagos
O som dos trovoes
E ao longe a musica repetitiva em altos berros no radio do meu carro
“Porque é que paraste???... Vai-te embora!!!...”
Na realidade não sabia...
Tinha parado e fizera-me nada
Quando fechei a porta do carro
Como se tivesse fechado a porta para o resto da minha vida...
Não sabia quem eras, mas também já não me conhecia
Não te amava, mas isso também não tinha importancia
Nada existia atrás de mim para que me pudesse voltar...
“Porque choras homem!!!???....”
E que te interessava...
Chorava por ti e por mim,
Ou simplesmente porque estava triste
Podias ter fingido que eram gotas de chuva,
Mas não o fizeste talvez por inveja...
Ter-te-ia dado a mão para que chorasses comigo,
Mas não quiz que o contacto nos levasse
A imagens idiotas cheias de casais apaixonados
Não precisava disso nem da chuva que me gelava os ossos!!!...
“O que me fizeste???...”
Perguntaste-me no soluço que antecedeu a tua primeira lagrima...
domingo, 14 de janeiro de 2007
É verdade que nos temos encontrado
De forma pura e simplesmente casual
Na forma de beijos
Em que num quase descuido
Os lábios practicamente se tocam...
É nestes infinitamente pequenos momentos
Que se concentra a força de universos
E todas as palavras que a vida
Não dá tempo para que digamos...
Provavelmente houve outras vezes
Em que nos tocamos
E acabamos por fazer amor
Sem pensar no que se seguiria...
E foste várias vezes outras pessoas
Em outras realidades
Mas sempre o mesmo desejo...
Lembro-me dos dias em que parti
Não a partida casual de quem volta sempre
Mas os dias em que as lágrimas ditaram
Que não poderia voltar...
Perguntaram-me em tempos se te procuro
Assim como te perguntei se me perdoarias
Com a consessão de breves momentos de conversa
Em que provavelmente não saberei o que dizer...
Responde quase sem que o perceba o silêncio
Que por causa do que realizamos e perdemos
Me ensinaste um dia a cuidar no que desejo...
De forma pura e simplesmente casual
Na forma de beijos
Em que num quase descuido
Os lábios practicamente se tocam...
É nestes infinitamente pequenos momentos
Que se concentra a força de universos
E todas as palavras que a vida
Não dá tempo para que digamos...
Provavelmente houve outras vezes
Em que nos tocamos
E acabamos por fazer amor
Sem pensar no que se seguiria...
E foste várias vezes outras pessoas
Em outras realidades
Mas sempre o mesmo desejo...
Lembro-me dos dias em que parti
Não a partida casual de quem volta sempre
Mas os dias em que as lágrimas ditaram
Que não poderia voltar...
Perguntaram-me em tempos se te procuro
Assim como te perguntei se me perdoarias
Com a consessão de breves momentos de conversa
Em que provavelmente não saberei o que dizer...
Responde quase sem que o perceba o silêncio
Que por causa do que realizamos e perdemos
Me ensinaste um dia a cuidar no que desejo...
sexta-feira, 12 de janeiro de 2007
Fechas os olhos na busca da ausência de gravidade
Está escuro e rolas pelo indefinido
Onde as vozes que ouves gritam
Sem que lhes percebas a razão...
Semi-entorpecido pela vontade de adormecer
Vislumbras o que poderia ser o resto
De uma leve sensação de vertigem...
Perguntas porquê,
Mas não consegues compreeder
Que a ausência de medo
E outros sentimentos
Outrora infantis
Te secam as lagrimas...
É tarde...
E o atrito do tempo
Queima a vontade de voltar atrás...
Rodopias na inércia
Mas como apenas te sentes parado
Sem que o percebas,
Não te parece assim tão mau
Que a vida passe por ti...
Está escuro e rolas pelo indefinido
Onde as vozes que ouves gritam
Sem que lhes percebas a razão...
Semi-entorpecido pela vontade de adormecer
Vislumbras o que poderia ser o resto
De uma leve sensação de vertigem...
Perguntas porquê,
Mas não consegues compreeder
Que a ausência de medo
E outros sentimentos
Outrora infantis
Te secam as lagrimas...
É tarde...
E o atrito do tempo
Queima a vontade de voltar atrás...
Rodopias na inércia
Mas como apenas te sentes parado
Sem que o percebas,
Não te parece assim tão mau
Que a vida passe por ti...
quarta-feira, 10 de janeiro de 2007
Há dias em que ser racional e positivo é de tal forma impossivel que nada mais resta do que tocar a embriaguês em busca de um qualquer suporte para algo que não sabemos sequer o que é... Escrevemos sobre contradições e como terminamos as frases a meio e com um elegante engenho no uso da palavra intitulamos-nos poetas...
Talvez seja "amodes que"... Uma daquelas necessidades de sermos alguma coisa ou de pertencermos a algum esterotipo que um dia nos faça notaveis e nos dê a falsa sensação de que agradamos a alguém ou que ajudamos alguém a ir ainda mais fundo no seu estado de já profunda depressão...
Ser alguma coisa é imperativo nos dias de hoje... Assim como ter um motivo ou um destino...
Salvaguardo pois aqui a minha necessidade esporádica de não ser nada, de não saber para onde quero ir, e principalmente de me refigugiar e esconder os meus verdadeiros pensamentos por trás de labirintos intrincados de escritos que podem parecer ter algum encanto para outras mentes igualmente embriagadas e enganadas sobre o verdadeiro sentido do que não fazem...
Talvez seja "amodes que"... Uma daquelas necessidades de sermos alguma coisa ou de pertencermos a algum esterotipo que um dia nos faça notaveis e nos dê a falsa sensação de que agradamos a alguém ou que ajudamos alguém a ir ainda mais fundo no seu estado de já profunda depressão...
Ser alguma coisa é imperativo nos dias de hoje... Assim como ter um motivo ou um destino...
Salvaguardo pois aqui a minha necessidade esporádica de não ser nada, de não saber para onde quero ir, e principalmente de me refigugiar e esconder os meus verdadeiros pensamentos por trás de labirintos intrincados de escritos que podem parecer ter algum encanto para outras mentes igualmente embriagadas e enganadas sobre o verdadeiro sentido do que não fazem...
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